domingo, 18 de setembro de 2022

As qualidades de quem ama ao Senhor - Daniel 6

Abra a sua Biblia no livro de Daniel, capítulo 6. Por enquanto só faça isso. 

gostaria de chamar essa pregação de: As qualidades de quem ama ao Senhor 

// dentre algumas qualidades, porém, posso adiantar que a INTEGRIDADE será o tema central deste capítulo no livro de Daniel - que contém a história mais popular da vida deste profeta: 

a história de Daniel na cova dos Leões... 
ou como alguns preferem chamar: 
 "A história dos leões na cova de Daniel."

Bem...
antes de lermos esta história familiar, vamos nos lembrar do CENÁRIO.

O CONTEXTO:

Durante o exílio babilônico, 
lemos no 1o. capítulo de Daniel,
que alguns meninos hebreus se destacaram na côrte do Rei Nabucodonosor.

Daniel, Hananias, Misael e Azarias. (Beltesazar, 
Sadraque, Mesaque e Abdnego)

no final deste 1o. capitulo, nos é informado de que Daniel permanecerá no palácio real até o final do cativeiro babilônico. 

Por falar em palácio, 
no capítulo 2, encontramos Nabucodonosor oferecendo a Daniel um cargo de destaque no seu reinado. 

Daniel serviu no alto escalão do governo durante toda a dinastia babilônica até chegar no reinado de Ciro, o persa.

pra entender melhor: a Babilônia conquista Israel e 70 anos depois, os persas conquistam a Babilônia.

Assim, nos capítulos 4 e 5, lemos mais especificamente como se deu a queda do império da Babilônia. 

o exército da Pérsia, quase que de uma forma milagrosa, conquista a poderosa capital babilônica em apenas uma noite. 

Uma coisa merece nossa atenção:
No capítulo 1, Daniel era adolescente.
mas agora, durante a invasão persa, Daniel tem aproximadamente 80 anos de idade.

Com a conquista persa,
era esperado que o novo rei trouxesse seus próprios funcionários da nobreza
e em seguida, se livrando e prendendo os funcionários da administração anterior. 

Entretanto, o Rei Dario, o rei persa que conquistou a Babilônia, pode ser chamado de Ciro, pois Darius no idioma persa significa um título, não um nome, e significa aquele que tem o cetro)

Ciro decidiu que Daniel deveria ser um dos três homens de sua confiança.

P: Mas por que ele fez isso? 

podemos afirmar que, 
Daniel tinha uma reputação muito boa. 

Ele era famoso no mundo conhecido como uma pessoa cheia de integridade. 

Ele ficou conhecido como um líder sábio, fiel e leal. 

O rei buscava governantes que protegessem seus interesses (cf. vs 2). 

E Daniel se encaixava na vaga. 

Daniel era um bom funcionário com um bom testemunho. 

Por esse motivo, 
ele serviu como um dos principais administradores, 

durante pelo menos três reinados, que abrangem seis décadas.

De forma bem resumida, mostrei pra você o cenário ou o contexto da minha pregação hoje. 

agora, para introduzir melhor o assunto que pretendo tratar, gostaria de fazer uma pergunta: 

INTRODUÇÃO:

Quantos aqui estão trabalhando? 

Você é um bom funcionário como Daniel? 

Você tem integridade parecida com a dele? 

Você serve fielmente aos interesses do seu chefe? 

Repara numa coisa: 

Como Daniel, a maioria aqui trabalha para chefes que muitas vezes não são crentes. 

Trabalha em empresas que não honram a Deus. 

Se é o seu caso, a próxima pergunta é válida:

Como podemos servir fielmente a Deus e ao mesmo tempo sermos um bom funcionário?

Bem... acredito que

De uma perspectiva mundana (a perspectiva de seus chefes), 

um funcionário cristão tem alguns lados negativos e positivos. 

O lado negativo é que o funcionário cristão não vai obedecer cegamente às coisas pecaminosas que um chefe possa exigir.

Por exemplo: 
o contador cristão não vai estar disposto a mudar os números. 

Da mesma forma, 
o vendedor cristão não vai exagerar na qualidade de um produto, se o mesmo não é bom.

Além disso, 

é provável que um funcionário que ama muito a Jesus 

não consiga ser escravo do trabalho e fazer tantas horas extras quanto outros empregados não cristãos conseguem. 

Agora, uma coisa precisamos dizer:

se o seu chefe só vê o lado negativo, você não vai durar muito no seu trabalho. 

por outro lado, há a parte positiva. 

Um funcionário que segue Jesus deve ser sempre confiável. 

Isso significa que ele será honesto com seu chefe e empresa. 

Assim como ele não vai enganar o cliente, ele também não vai enganar a empresa. 

Se voce ler os primeiros 6 capítulos de Daniel, vai ver que 

É por essa razão que Daniel continuou sendo promovido. 

Ou seja...
Enquanto outros funcionários serviam seus próprios interesses 

e buscavam de forma egoísta o ganho pessoal, 

Daniel não se corrompia e sempre era honesto com seus superiores.

——————
Tava pensando em alguma ilustração pra trazer e a única que eu consegui pensar foi o filme “A virada?” 

Quem aqui já assistiu? 

Acho que foi feito pelas mesmas pessoas que produziram “À prova de fogo”, “Corajosos” e “Quarto de Guerra”. 

Esse filme fala de um pai de família sem muita fé e comprometimento com Deus, 

que destrata a esposa e que tem vários conflitos com o filho. 

Ele possuía uma loja de carros,

mas era muito desonesto e tentava vender carros usados da pior maneira possível, 

enganava seus clientes, 
super faturava os valores, 
prometia mais do que podia cumprir 
e fazia qualquer coisa para vender um carro, 

as mesmas atitudes manipuladoras transbordavam em todos os seus relacionamentos.

Os vários problemas na família, no casamento, com o filho e ate com os pais, 

além dos problemas financeiros 

levaram aquele homem a entrar em crise.

Depois de várias discussões, ele tenta relaxar assistindo televisão quando se depara com um canal onde um pastor estar pregando...

aquela pregação fala com ele, entra em seu coração e a partir daquele momento,

ele começa a repensar os seus atos e de seus funcionários na empresa. 

Em outro momento, 

o homem começa a trabalhar na restauração de um carro conversível e sente que Deus esta lhe ajudando a mudar de vida. 

Depois de muito refletir e encarar a realidade de quem ele realmente é,

aquele homem vive uma virada em sua vida, 

se arrepende de seus atos e entra numa fase de renovação e redenção, 

tentando restaurar sua família, seu casamento 

restituindo tudo que roubou de seus clientes, 

aprendendo a honrar a Deus nos negócios, 
nos relacionamentos e em sua vida toda

—————

Bom...
pode ser que você não seja dono de seu próprio negócio, nem esteja enfrentando crise pelo seu próprio pecado.

Pode ser que você seja um simples funcionário e que, atualmente, esteja enfrentando perseguição no seu trabalho. 

Você tem a sensação de que seu chefe só vê o lado "negativo" da sua fé? 

se esse é o seu caso, 
creio que você precisa, urgentemente, mostrar a ele o lado positivo. 

Seu lado positivo é que você é
Um seguidor de Jesus
e portanto, é um bom funcionário. 

Agora, antes de continuar aqui... 
é bom ressaltar que 
a Bíblia não promete que, sendo como Daniel, você também será promovido. 

Não é bem assim. 

no entanto, eu creio que se você é um bom funcionário 

e trabalha duro 

e se comporta com integridade, é muito provável que seja bem-sucedido. 

o livro de Provérbios 22:29 diz: 

“Você já viu alguém muito competente no que faz? Ele servirá reis em vez de trabalhar para gente comum.” 

Daniel buscava excelência em tudo e é isso que você deve buscar.


Agora,
sabemos que Daniel 
publicamente 
era um ótimo funcionário, comprometido, fiel e com um bom testemunho. 

Mas e a vida privada dele? 

Vamos ler os versículos 4-5. 


Daniel 6: 

4. Os outros administradores e altos funcionários começaram a procurar falhas no modo como Daniel conduzia as questões de governo, mas nada encontraram para criticar ou condenar. Ele era leal, sempre responsável e digno de confiança.  

5. Por isso, concluíram: “Nossa única chance de encontrar algum motivo para acusar Daniel será em relação às leis de seu Deus”. 


Essas pessoas estavam tentando a todo custo descobrir os podres de Daniel.

Certamente eles ficaram espionando e o seguindo 

Eles o investigaram. Fizeram perguntas a seus colegas de trabalho mais próximos. 

Examinaram suas contas, sua casa, suas  posses. 

Por falar nisso,
Estamos em período de eleições, 
todos sabemos que ao longo da história, 

os adversários políticos são muito bons em trazer à tona os podres / os pecados secretos de seus oponentes. 

Quando era criança, 
lembro de ouvir uma chamada na TV para um filme muito zuado: 

o título: “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.


Esse filme muito ruim retrata um grupo de jovens que escondiam um pecado horrível e que não queriam que os outros soubessem sobre isso. 


Agora, Daniel não era como esses jovens da tela quente. 

Daniel só havia feito coisas boas nos verões passados.

Embora, os adversários de Daniel tenham se esforçado o máximo que puderam, 

eles não conseguiram encontrar nada que desabonasse a vida pessoal ou profissional de Daniel. 


Na verdade, a única coisa que eles puderam encontrar para acusá-lo é que ele era muito zeloso para servir a Deus! 

Uau! Isso não é incrível? 

Daniel tinha um testemunho brilhante. 

Ele não era uma pessoa no escritório e outra pessoa em casa. 

Ele não era uma pessoa na igreja e outra pessoa na frente de seus amigos. 

Ele não era uma pessoa no domingo e outra no resto da semana. 

Daniel era o que ele era. aqui e lá era a mesma coisa!

Ele era uma pessoa que amava ao Senhor,

e por esse motivo, vivia de modo justo, 

e vivia assim, não importa onde estivesse ou com quem estivesse.

Tente se colocar no lugar do Daniel por um momento. 

Imagine ter uma equipe de detetives zé povinho investigando sua vida. 

O objetivo deles é desenterrar seus pecados secretos. 

Eles querem te expor a todo custo.

Eles querem provar que você é uma pessoa durante a semana e outra pessoa nos domingos. 

Então eles procuram brechas em todos os aspectos de suas vidas. 

O que eles vão encontrar? 

Se eles verificassem sua fatura do cartão de crédito e o seu extrato da conta bancária, em que eles veriam você gastar seu dinheiro? 

Se eles olhassem o seu histórico de navegação na internet, suas curtidas no Instagram, suas conversas no WhatsApp, as pessoas que você acomapnha no Tiktok, o que eles encontrariam? 

Se eles vissem o tipo de filme que você assiste, as músicas que você ouve ou livros que você lê quando ninguém mais está por perto, o que eles descobririam? 

Se eles observassem como você trata seus familiares e gravassem um vídeo disso, você ficaria tranquilo se reproduzissem aqui? 

Se eles tivessem a capacidade de ir ainda mais fundo e gravar os pensamentos que você pensa quando está sozinho, 

você se sentiria confortável se fosse expostos aqui, na frente de todos nós? 

Então, qual seria o relatório final? 

Pense por um momento sobre o que você teria mais medo de que eles encontrassem. 

Minha gente, 

se há qualquer coisa que pode te desabonar, então ore ao Senhor em arrependimento.

Deus pode te ajudar a ser justo. 

Deus pode te ajudar a ter um testemunho puro e irrepreensível quanto o de Daniel. 

Não sei quanto a você, 
mas eu quero ser como o Daniel! 

Eu gostaria de passar por uma investigação como ele fez. 

Eu gostaria que as pessoas que estão procurando me acusar dissessem: 

“Não podemos encontrar corrupção no Diego. Seu único problema é que ele é muito zeloso para servir a Deus.” 

(Pode adicionar nomes de outras pessoas aqui.) 


Uma pessoa de integridade e justiça pode viver sem medo de ser pega.

Vamos ler Tito 2:8.  

“Sua mensagem deve ser tão correta a ponto de ninguém a criticar. Então os que se opõem a nós ficarão envergonhados e nada terão de ruim para dizer a nosso respeito.”

Dito isso, vamos ao segundo ponto dessa manhã.


II. Uma pessoa justa e que ama ao Senhor enfrentará oposição (4-9)


Em 1 Pedro 5:8 aprendemos que o diabo está andando como um leão rugindo procurando alguém para devorar. 


Você sabe quem Satanás mais gosta de devorar? 

Os filhos de Deus que têm bons testemunhos. 

Um bom testemunho para o Senhor, 
por si só, 
é a melhor e mais poderosa ferramenta para atrair outras pessoas para Deus. 

Por isso, 
Satanás quer, a todo custo, apagar a sua luz. 

A primeira coisa que ele vai fazer é
tentar você e fazê-lo cair. 

Vimos isso na semana retrasada, quando Daniel e seus amigos foram tentados pela comida do rei. 

No entanto, quando os pratos do mundo não funcionam, 

a próxima coisa que o diabo vai querer fazer é se livrar da pessoa para apagar sua luz.

Ele vai querer te destruir de todo jeito!

Repare que no capítulo 6, todos os outros funcionários se unem contra Daniel. 

Juntos, 
eles vão ao rei e o 
convencem a promulgar uma nova lei, 

que lei? 

uma lei que proíbe qualquer pessoa de orar a Deus por 30 dias.

a única oração permitida é orar ao rei! 

o rei se coloca como Deus! 

Veja bem!
Havia um total de 120 funcionários de alto escalão e 3 governadores, um deles era Daniel. 

Isso significa que 122 funcionários se uniram contra Daniel. 

Ninguém fala em sua defesa. 
ninguém discorda do plano deles. 

só consigo pensar que 
Estes são, de fato, 
os velhos políticos de carreira. 

Eles se juntaram pra derrubar o Daniel, 
mas na verdade,
todos eles certamente odeiam as entranhas um do outro. 


Todos eles estão disputando a mesma posição. 
querendo a mesma atenção.
desejando a maior importância.

Todos eles estão querendo subir de posição.. 

Por isso, não se engane. 
Eles não são um grupo de 122 melhores amigos. 
Mas, no entanto, aqui eles estão todos unidos contra o homem de Deus!

E esse é o trabalho do diabo. 

E não tem jeito. 
Preciso dizer que

Um crente piedoso, justo, temente, 
que ama ao Senhor
e que tem um forte testemunho atrairá a oposição de muitos lados. 


Em 2 Timóteo 3: 12 lemos que: 

“... todos que desejam ter uma vida de devoção em Cristo Jesus sofrerão perseguições”. (2 Timóteo 3:12)

Cara... 
Muita gente gosta de reivindicar as promessas de Deus. 

por acaso, você sabia que a perseguição é uma das promessas de Deus?

No sermão da montanha, na última bem aventurança, o próprio Jesus testifica. 

Mateus 5:

10 Felizes os perseguidos por causa da justiça, pois o reino dos céus lhes pertence. 

11 “Felizes são vocês quando, por minha causa, sofrerem zombaria e perseguição, e quando outros, mentindo, disserem todo tipo de maldade a seu respeito. 

12 Alegrem-se e exultem, porque uma grande recompensa os espera no céu. E lembrem-se de que os antigos profetas foram perseguidos da mesma forma.”


Essa pode não ser a nossa promessa favorita, 

mas ela está lá para nos preparar 

para que possamos estar prontos quando esse momento chegar. 

Se não estivermos preparados e formos pegos de surpresa, 

talvez não tenhamos a determinação ou a perseverança de enfrentar essa perseguição e suportar. 

No entanto, você precisa se atentar que

a maior parte da batalha ocorre antes do verdadeiro momento da perseguição. 

Afinal, a oposição pode vir de diferentes fontes. 

Pode ser alguém da sua família esteja se opondo ao evangelho e te perseguindo por isso.

Pode ser que seus colegas de trabalho estejam tramando para te acusar. 

Pode ser que na faculdade, pessoas hostis te odeiem porque você é cristão e tenta compartilhar o evangelho. 

Amigon... acredite

Saiba que se você viver uma vida piedosa para o Senhor, você encontrará oponentes. 

E se você encontrar oponentes na sua caminhada, alegre-se e exulte, porque uma grande recompensa o espera no céu. 


Agora, se você é crente há um tempão e nunca enfrentou algo do tipo,

então é possível que você esteja muito mais parecido com o mundo do que com Jesus!

TR

A partir desses versos, também aprendemos duas coisas que não devemos fazer:


Não devemos bajular e manipular para alcançar o que queremos, como esses 122 funcionários fizeram. 

Também não devemos deixar ninguém nos  manipular nem bajular.



ILUSTRAÇÃO: 

Certo dia, um corvo pousou no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa.

Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. 

Com esta ideia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:

– Ual! Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! 

Que beleza estonteante! 

Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! 

Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.

Ouvindo aquilo o corvo ficou todo vaidoso.

 Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro:   Cróóó!

O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:

– Olhe, senhor Corvo, estou vendo que voz o senhor tem, o que não tem é inteligência!

Moral da história: Cuidado com quem muito elogia!

Vamos para o terceiro ponto:

III. Uma pessoa justa e que ama ao Senhor está corajosamente firmada sobre suas convicções (10-16)


Olhe comigo para o versículo 10. 

O que Daniel faz quando ouvuu sobre o decreto? 

A mesma coisa que ele sempre faz! 
Daniel não muda nada. 

Ele não compromete sua fé. Ele não se esconde! 

Lembra quando eu preguei sobre Daniel 1?

eu disse que você sempre tem uma escolha e que Ninguém pode fazer você pecar. 

“Você sempre tem uma escolha.” 
e “Ninguém pode fazer você pecar.” 

Você acredita nisso? 
A história de Daniel prova que é verdade.

No capítulo 1, ele era um adolescente de pé contra o rei mais poderoso do mundo. 

Mas agora ele é um velho de 80 anos mais uma vez enfrentando o rei mais poderoso do mundo. 

A maioria das pessoas da idade dele só gostaria de viver o resto de seus dias em paz. 


Agora...
Eu não acredito que Daniel desobedeceu o decreto com o objetivo de fazer rebelião. 

E com certeza, ele não agiu com raiva ou orgulho. 

Ele fez isso porque era isso quem ele era. 

Ele não mudou e não poderia mudar sua própria natureza. 

Ele estava orando assim há décadas. Então, para fazer isso de novo era a coisa mais normal e natural do mundo.

Daniel poderia ter justificado mudar sua rotina, apenas por trinta dias. 

Afinal, uma pessoa pode orar em qualquer lugar, certo? 

Uma pessoa pode orar com os olhos abertos. 

Uma pessoa pode orar com a porta fechada. 

Daniel poderia simplesmente ter ido para a cama e fechado os olhos e orado silenciosamente antes de dormir. 

Ninguém saberia. 
Ninguém poderia tê-lo acusado. 
Se fizesse isso, 
Ele poderia ter evitado a ira do rei. 
Ele poderia ter evitado as acusações dos outros funcionários. 

Ele poderia ter mantido seu emprego e capacidade de influenciar as pessoas no futuro. 

E teria sido tão fácil fazer isso. 

Ele era muito inteligente. 
Ele certamente sabia que poderia ter feito essas coisas, 

mas sabe o que ele fez: orou na frente de uma janela aberta de frente para Jerusalém. 

Isso significa que Daniel era um homem de convicção. 

Tiago 4:17 nos diz: “Lembrem-se de que é pecado saber o que devem fazer e não fazê-lo.”

É claro que Daniel acreditava que essa era a resposta certa. 

Mas por quê? 

Tenho algumas ideias, mas vou deixar essa pergunta para você pensar.

Podemos dizer três coisas a respeito de Daniel sobre suas ações aqui:


A. Ele era ousado. 

Ele fez isso na frente de uma janela aberta sem deixar o medo das consequências detê-lo.


B. Ele tinha fé. 

Uma vida inteira baseada na fé e Deus sempre o honrou. 

Daniel confiava que Deus cuidaria dele. 
E, de fato, Deus cuidou. 

E na medida em que ele dependia de Deus, 
sua fé ficava cada vez mais forte. 

Daniel sabia que Deus era mais poderoso do que qualquer rei terrestre. 

Daniel sabia que Deus a presença de Deus estava com ele. 

Tal como Daniel,
do mesmo modo, acontece comigo e com você. 

Quando damos um salto de fé, Deus mostra sua fidelidade e cuidado. E a cada vez que experimentamos o cuidado e a fidelidade de Deus, nossa fé aumenta mais e mais! 


C. Ele tinha convicção. 

Daniel tinha um senso claro do que é certo e o que é errado. 

Ele não deixou que as modas ou opiniões do dia o influenciassem. 

Mas ele se manteve inabalável porque sabia que estava firmado na verdade.

Precisamos ter convicções semelhantes as de Daniel.

Agora, 
defender essas convicções não é um caminho fácil. 

Vemos que Daniel foi acusado. E embora o rei tenha percebido que ele foi enganado e não queria que Daniel fosse morto, de acordo com a lei, ele não tinha escolha.

Isso nos leva ao 4o. ponto

IV. Uma pessoa justa nunca é abandonada por Deus (17-25)

O rei Ciro, que achou que era deus, 
na primeira ocasião, abandonou o Daniel, seu melhor funcionário! 

Ciro sentiu que não tinha escolha a não ser seguir a lei e ter Daniel jogado aos leões. 

Entretanfo, ainda que Daniel tenha sido abandonado por seu chefe

esta passagem nos mostra que Daniel nunca foi abandonado por Deus. 

Mesmo tendo sido levado a cova de leões, que foram deixados famintos propositadamente

Daniel se mantém tranquilo, olhando para o Senhor. 

E, De fato, foi o que aconteceu.

aqueles leões famintos, não abriram a boca para matar Daniel. 

Ele mesmo diz no versículo 22 que Deus enviou seu anjo para “fechar a boca dos leões”.

Daniel não parece nem um pouco surpreso. 

E por que ele deveria estar? 

o Deus de Daniel é um Deus de milagres. 

se você ler com atenção esse livro, vai ver que: 

Deus, milagrosamente fez com que Daniel e seus amigos parecessem mais saudáveis depois de apenas dez dias comendo vegetais, no capítulo 1. 

Ele milagrosamente deu a Daniel a interpretação dos dois sonhos de Nabucodonosor nos capítulos 2 e 4. 

E como o Gui pontuou na semana passada,
você verá que Deus milagrosamente fez com que os amigos de Daniel suportassem um fogo quentíssimo da fornalha, no capítulo 3. 

o dedo de Deus, milagrosamente escreve na parede do Palácio e profetiza a queda do reino babilônico no capítulo 5. 

Diante disso,
O que são alguns leões para Deus?

Os testemunhas de Jeová gostam de retratar nas revestinhas deles, essa narrativa pintando algumas fotos que 

retratam a cova dos leões 

como um lugar bonito, pacífico, com luz fluindo e Daniel conversando agradavelmente com os leões ou usando-os como travesseiro. 

Gente do céu... Daniel tava na Babilônia e não na Disney gravando o Rei Leão

Eu não acho que a toca do leão fosse um lugar tão agradável assim.

Era para ser um lugar de tortura e morte.

Provavelmente estava escuro. 

Cheio de ossos de prisioneiros mortos. Uma pilha de ossos, na verdade.

Um lugar fedido e nojento. 

Projetado para ser assustador. 

O texto descreve que uma pedra travava a saída.

é provável que também não houvesse janelas. 

A cena nos faz lembrar das palavras de Davi centenas de anos antes no Salmo 23:4,

e recentemente na voz do Juliano 

 “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, o seu amor lança fora o medo! 

eu não temerei mal algum, pois é o Senhor que está comigo; sua vara e sua cajado, me protegem, me confortam, me consolam.”


Minha gente, 

assim como Deus não abandonou Daniel aos leões, Ele também não os abandonará. 

Deus ainda está fazendo milagres. 

Ele ainda intervém em nome de Seu povo. 

Não importa por qual vale escuro você precise passar, Deus está lá com você. 

Não importa o quão solitário e abandonado você se sinta, Deus nunca te deixará, nunca te abandonará. 

Não importa se alguém parou de te amar, Deus nunca vai parar de te amar.

E isso nos leva ao último ponto desta manha!

V. Uma pessoa justa, que ama ao Senhor, faz a diferença para o Senhor (26-28)


Qual é o resultado da posição e do bom testemunho de Daniel? 

Isso afeta muito o Rei Dario. 

Primeiro, ele remove os 122 funcionários da liderança que se opuseram tanto a Deus e os leva justamente para a cova dos leões juntamente com suas famílias. 


Darius, que poucos dias antes, se declarava orgulhosamente um homem deus. 

exigindo oração de seus súditos e proibindo a oração a qualquer pessoa ou qualquer outra coisa. 

agora ele faz uma volta completa de 180 graus. 

ele ordena que seus súditos temam e reverenciem o “Deus de Daniel”. 

Ele proclama que o Deus de Daniel é o “Deus vivo” e que Seu reino durará para sempre, 

ao contrário de seu próprio reino, que ele sabia ser temporário. 

Ele atribui milagres a Deus. 

Não só o próprio rei estava convencido disso. 

Mas ele emite um decreto proclamando isso para circulação por todo o reino.


Por causa da convicção de um homem e da recusa em se comprometer com o pecado, 

uma luz acende e é mostrada para todo o reino ver. 

Quantas vidas foram tocadas e mudadas por causa da firme fé de Daniel? 

É quase incontável. 

Não só muitas vidas foram mudadas na época, como as vidas ainda estão sendo transformadas ainda hoje, quase 2600 anos depois. 

Muitos estudiosos acreditam que os Magos do oriente que foram visitar Jesus 

estavam familiarizados com as Escrituras do Antigo Testamento e Yahweh 

em grande parte por causa da influência de Daniel no reino persa.


Quando você defende Deus, você faz a diferença. 


Antes de fecharmos, quero salientar outra coisa que este capítulo da vida do Daniel nos ensina...


A reputação de Daniel como um homem íntegro não só lhe deu a oportunidade de impactar dois grandes impérios... 

o babilônico e o persa. 

Ele também mudou o curso da história do povo de Deus. 

a maioria dos estudiosos que eu consultei 

duvida que Dario tenha se tornado um adorador de Yahweh, 

mas ele respeitou tanto o poder de Deus que mais tarde enviou os judeus de volta a Jerusalém para reconstruir seu templo. 

E eu acredito que isso nunca teria acontecido se não fosse pela integridade do Daniel. 

Isso me faz pensar - como Deus poderia usar sua integridade? 

Que tipo de impacto você poderia ter se seguisse Sempre Deus? 

Como isso pode mudar seu local de trabalho — sua família — seu bairro? 

Como Daniel, você também pode mudar seu mundo. 

Esta manhã Deus está te chamando para fazer isso? 

Seu Espírito Santo está falando com você, instando-o a ser cristão em seu lugar de influência?

VAMOS ORAR




BÊNÇÃO:

Que a PAZ DE CRISTO governe em seus corações
já que como membros de um corpo você foi chamado para a paz.
Deixe a PALAVRA DE CRISTO habitar em você ricamente
e o que quer que você faça... em palavra ou em ação
Faça tudo em nome de Cristo dando graças a Deus o Pai
através dele.




quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A medida do amor | 1 Coríntios 13.1–3


quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Abraão: o amigo de Deus

 

O amigo de Deus

COM JESUS, NA ESCOLA DA ORAÇÃO!

INTRODUÇÃO:

Antes de todas as coisas serem criadas, Deus já estava presente na eternidade.

Por meio de Sua prerrogativa divina, Ele cria todas as coisas para o louvor da Sua glória e para o bem-estar do homem.

No primeiro capítulo de Gênesis vemos

como o caos da lugar ao cosmos,
a desordem da lugar a ordem
e como aquilo que era completamente sem forma e vazio, é preenchido e transformado pela criatividade conceitual do Espírito de Deus.

Porém, como vimos na na semana retrasada,

a primeira oração, o primeiro diálogo registrado na Bíblia entre o homem e Deus, vem logo após uma grande tragédia!

Deus fez perguntas a Adão e Eva e, ao buscar as respostas, eles aprenderam muito sobre si mesmos, sobre sua própria vida, seu futuro, bem como sobre quem Deus é.

Não conheço nenhum aspecto da oração que seja mais importante do que isso. Quando oramos, aprendemos essas coisas; mas se não orarmos, como poderemos aprender; permaneceremos sempre na ignorância

A triste tragédia, narrada no capítulo 3 de Gênesis é esta:

O homem se rebelou! Voluntariamente se rebelou contra o mandamento de Deus.

E essa rebelião resultou não apenas no fechamento do jardim, mas no rompimento da comunhão com a presença de Deus.

O homem perderia aquilo que lhe era mais estimável. A doce comunhão com presença de Deus.

O pecado ofuscou a alegria, o prazer e a satisfação de viver pra Deus.

Agora, o homem, em sua condição pecaminosa e separada, não podia fazer mais nada para restaurar seu relacionamento com Deus.

Após a queda, Adão e Eva, e aqueles que vieram depois deles, demonstraram as consequências devastadoras de se rebelar contra Deus e seguir seu próprio caminho.

O julgamento mundial do dilúvio e a confusão de línguas em Babel demonstraram evidências do julgamento de Deus sobre o pecado

Mas também, apresentaram as evidências da graça, do amor, da paciência e da longanimidade de Deus para com os pecadores.

Então, no meio dessa grande história da redenção de Deus, surge um homem do campo, pastor de ovelhas, nascido em Ur dos Caldeus, filho de Tera, descendente de Noé, chamado Abrão.

Deus, em Sua graça, estabelece uma aliança com ele.

Dentre as grandes motivações desta aliança, podemos apresentar três

(1) estabelecer um povo e
(2) dar a eles a terra prometida;
e (3) Restaurar a comunhão perdida com a presença de Deus que o homem perdeu no Éden.

A Chamada de Abraão

A primeira coisa que podemos aprender com Abraão é que ele se tornou amigo de Deus através da fé. Um amigo de Deus.

A segunda coisa que podemos aprender com Abraão é o valor inestimável da oração.

Abraão é o principal exemplo do que significa ser um crente. A característica dominante de sua vida é a fé.

É aqui que temos que começar se quisermos descobrir o segredo da amizade com Deus.

A história de Abraão começa com um chamado de Deus. Há um mistério sobre todo esse processo.

O que fez Deus destacar Abraão? Ele parece ter sido apenas um homem comum de seu tempo e lugar.

Ele estava morando na casa de seu pai com sua família extensa, uma pessoa em um clã típico da Mesopotâmia.

O pai de Abraão, Terah, decidiu por algum motivo migrar com sua família de sua casa na cidade de Ur, perto da foz do rio Eufrates, para um lugar chamado Harã, muito a noroeste, perto da fronteira entre a atual Síria e a Turquia.

Arqueólogos fizeram extensos estudos no local da antiga Ur. Eles descobriram que seu principal templo era dedicado à adoração do deus da lua suméria.

A cidade de Haran também era um centro do culto à lua. Portanto, é razoável supor que Abraão começou sua vida como adorador de ídolos.

Mas em algum momento Deus apareceu para ele (veja Atos 7) e falou com ele.

“Ora, o Senhor disse a Abrão: ‘Sai da tua terra, do meio da tua parentela e da casa de teu pai para a terra que eu te mostrarei’” (Gênesis 12:1).

Por que o verdadeiro Deus, o Deus vivo, deveria escolher este momento, este tempo e lugar, essa pessoa, esse adorador da lua, para se dar a conhecer?

Não há absolutamente nenhuma indicação de que Abraão estivesse sequer procurando por Deus.

Nada é dito sobre quaisquer qualidades especiais em Abraão que atraíram Deus para ele.

É apenas o mistério da graça.

O chamado de Abraão marca o lançamento do plano de Deus de eventualmente trazer bênção a todas as pessoas na terra.

Tudo começou com a decisão de Deus de destacar este único homem comum.

Nossa fé em Deus, conforme podemos ver, é sempre responsiva.

Não é algo que iniciamos, como um garoto convidando uma garota para um encontro.

É muito mais como uma mulher respondendo a uma proposta de casamento e dizendo sim ao convite de seu amante para se tornar sua esposa.

A fé parece ser simplesmente uma questão de escolhermos Deus.

Quando uma pessoa se torna crente, muitas vezes parece que está apenas tomando uma decisão pessoal de aceitar o evangelho.

Mas uma experiência mais profunda de Deus e uma compreensão mais aprofundada deixam claro que a decisão de Deus por nós precede nossa decisão por ele.

Fé não é apenas escolher um dia que vamos nos tornar religiosos. É ouvir o convite de Deus para segui-lo e responder a ele.

SAIR E RECEBER

Todo o processo de graça e fé, chamado e resposta, me parece maravilhoso.

Quero dizer isso no sentido literal; é uma maravilha, um milagre. A graça é misteriosa.

Não entendo por que Deus escolhe nos amar. Mas então a fé também é misteriosa.

Se a decisão de Deus de se revelar pessoalmente a Abraão parece incrível, a resposta de Abraão a essa revelação é igualmente incrível.

Nada parecido com isso já tinha acontecido antes.

Como Abraão sabia que era Deus falando se ele não conhecia Deus para começar?

Como ele chegou a reconhecer quem era o verdadeiro Deus? E o que o fez pensar que poderia confiar naquele Deus? Onde

Abraão encontrou a fé para obedecer à voz misteriosa que lhe disse para deixar tudo com base em uma promessa?

A resposta da fé leva a bênçãos além da imaginação, mas sempre custa algo também.

Observe que o chamado de Deus a Abraão começa com um comando para partir.

Agora o Senhor disse a Abrão: “Deixe sua terra, seu povo e a casa de seu pai”. (Gênesis 12:1)

Para Abraão, isso significava deixar quase tudo de valor em sua vida, cortando quase todos os laços naturais de terra, clã e parentesco de sangue.

Humanamente falando, ele estava desistindo do mundo inteiro.

A cultura de Ur, o lar original de Abraão, na Mesopotâmia, foi o local de nascimento da civilização.

Foi o crescente fértil que serviu como berço da civilização. A Mesopotâmia foi onde a cultura, a arte, a escrita, a música, a arquitetura e a ciência surgiram.

Certamente não foi o interesse natural de Abraão que o levou a deixar o coração da civilização e partir pelo deserto, pois ele nem sabia para onde iria.

Não foi a inquietação ou o espírito de aventura que o fizeram desistir de sua família e amigos, e de tudo o que lhe era familiar e querido, para começar uma nova vida aos 75 anos.

Nada disso. Foi apenas o chamado caro e exigente de Deus.

Mas também foi o chamado ricamente gratificante de Deus.

A exigência de Deus de que Abraão deixasse sua antiga vida foi seguida por um convite divino.

“Ide para a terra que eu lhe mostrarei”,

continua o Senhor, acrescentando esta promessa de tirar o fôlego:

“Eu te tornarei uma grande nação e te abençoarei; farei grande o teu nome” (v. 2).

O chamado de Deus nunca será apenas sacrificar.

Quando ele nos ordena a desistir do mundo, ele nos convida ao mesmo tempo a receber as bênçãos ilimitadas que pretende nos conceder.

Aqui está o padrão padrão do chamado de Deus: ele contém um comando e uma promessa.

O grande exemplo do Novo Testamento está no livro de Atos, 16:31: “Creia no Senhor Jesus Cristo” – há a ordem – “e você será salvo” – a promessa.

Portanto, fé significa aceitar Deus em sua palavra obedecendo ao comando e crendo com expectativa nas promessas.

No caso de Abraão, essas promessas de bênção eram de que ele receberia uma terra (Canaã, a “Terra Prometida”) e descendentes para preenchê-la, começando com um filho (cf. Gênesis 15:1-5).

As promessas de Deus a Abraão tiveram um cumprimento literal e espiritual.

De fato, ele deixou muitos descendentes físicos que habitavam a terra de Canaã,

mas, como o Novo Testamento deixa claro, qualquer um que compartilhe a ousadia de Abraão e creia em Deus em Deus é seu verdadeiro descendente (Rm. 4:11-12, 16).

Agora, a terra prometida é apenas um símbolo temporário de um país melhor,

Um país celestial que Deus pretende dar a todos os seus filhos de qualquer raça ou nação (Hb. 11:16).

CAMINHANDO …

A parte mais importante da fé de Abraão foi sua obediência ao mandamento de Deus.

A coisa realmente significativa sobre ele é que ele prontamente agiu de acordo com sua crença.

Ele fez o que Deus lhe disse. Ouça novamente a principal passagem fundamental, Gênesis 12:1-3:

O Senhor… disse a Abrão: “Deixe sua terra, seu povo e a casa de seu pai e vá para a terra que eu lhe mostrarei. 2 Eu te tornarei uma grande nação e te abençoarei; Eu engrandeçarei seu nome, e você será uma bênção. 3. e todos os povos da terra serão abençoados através de você.

Depois desse comando agitado e dessas promessas gloriosas, o próximo versículo (v. 4) começa com uma única palavra hebraica que poderia literalmente ser traduzida como “Então ele foi”.

Em última análise, o que realmente determina se nossa fé é genuína não é o que dizemos, mas como obedecemos.

“Então Abraão foi, como o Senhor lhe havia dito.”

O que poderia ser mais eloquente do que essa simples declaração?

Poderíamos continuar falando sobre o heroísmo de Abraão,

as lutas pessoais pelas quais ele passou (algumas das quais de fato são descritas à medida que sua história se desenrola no livro de Gênesis).

Mas nada poderia ser mais poderoso, eu acho, do que aquela única palavra no início de Gênesis 12:4: “Assim ele foi”.

No final, a fé não sobe, a fé se arrasta.

Não se trata de trombetas e grandes heroísmos;

trata-se de identificar o lugar onde Deus nos chamou para ir e depois continuar a colocar um pé à frente do outro até chegarmos lá.

A fé, como diz o ditado, é seguir em frente.

Aqui está em linguagem simples. Isto é o que constitui fé:

fé é ouvir e obedecer o que Deus nos diz para fazer e acreditar no que promete dar.

Então Abraão é um grande modelo de fé.

Sua vida demonstra todas as qualidades do homem ou mulher que vive confiando em Deus e obedecendo a Deus.

É por isso que Abraão ficou conhecido como o amigo de Deus.

Você gostaria que o Deus infinito, eterno e santo do universo o chamasse de seu amigo?

É realmente muito simples: confie e obedeça.

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  1. ABRAÃO, UM HOMEM DE ORAÇÃO (Gn 12.1-9; 13.4b; 15.1-11; 17.1-5; 17.18,20;

Mesmo na simplicidade e obscuridade patriarcal, é com Abraão que aprendemos o valor inestimável da oração.

Quando estudamos a pessoa de Abraão, descobrimos que depois de ter sido chamado para viver em um país desconhecido, na jornada com a família e com seus servos, onde quer que se detivesse pelo caminho para passar a noite ou mais tempo, ele sempre erigia um altar e invocava o nome do Senhor.

Esse homem de fé e oração foi um dos primeiros a erigir um altar familiar ao redor do qual reunia a família para oferecer sacrifícios de adoração, de louvor e de oração.

À medida que as revelações de Deus se tornavam mais plenas e perfeitas, as orações de Abraão aumentavam, e foi num destes momentos espirituais que Abraão prostrou-se com o rosto em terra e Deus lhe falou.

Em outra ocasião, encontramos esse homem, “o pai da fé”, prostrado diante de Deus, surpreso quase ao ponto da incredulidade diante dos propósitos e revelações do Deus todo-poderoso ao lhe prometer um filho em sua idade avançada e das promessas que Deus lhe fez em relação ao filho prometido.

Até mesmo o destino de Ismael foi moldado por causa da oração de Abraão: “(…) ‘eu te ouvi: abencoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente.” (Gn 17.18,20)

Em outro momento, Abraão está diante de Deus, intercedendo repetidamente em favor da perversa cidade de Sodoma, onde mora seu sobrinho Ló, condenada pela decisão divina de destrui-la.

O destino de Sodoma ficou suspenso por um minuto por causa da oração de Abraão e, por pouco, não foi completamente mudado pela humildade e insistência desse homem que acreditava convicto na oração e que sabia como orar.

  1. ABRAÃO, O AMIGO DE DEUS (Gn 18.19; Hb 13.1-2; Gn 18.1-2; Gn 18.3-8; Mt 25.35

Um tema principal do Gênesis é como Deus cumpre incondicionalmente suas promessas a Abraão e, por meio dessas promessas, restaura o mundo perdido no Éden.

Para cumprir as promessas, Deus fez de Abraão seu amigo. Como Deus fez isso?

Gn 18.19 encontramos a seguinte referência: “Porque eu o escolhi…” Aqui o hebraico significa literalmente: “Eu o conheci pessoalmente”. E porque Deus o conheceu pessoalmente, fez dele seu amigo.

Além disso, há uma outra evidência nas Escrituras que nos dão mais detalhes

Hb 13.1-2 diz: “Continuem a amar uns aos outros como irmãos. 2. Não se esqueçam de demonstrar hospitalidade, porque alguns, sem o saber, hospedaram anjos.”

Embora Abraão tenha recebido a visita de 3 homens desconhecidos no maior calor do dia (Gn 18:1-2), o patriarca os recepciona com muita gentileza e generosidade. Servindo a eles sua melhor comida de casa.

Jesus disse: “Porque eu estava com fome e você me deu de comer, eu estava com sede e você me deu de beber, eu era um desconhecido e você me convidou para entrar” (Mt 25,35).

A hospitalidade de Abraão foi literalmente estendida a Deus. A sua maior recompensa foi estar em contato com o próprio Deus.

Quando Madre Teresa foi questionada sobre sua missão aos mais pobres, ela disse: “Estou apenas amando Jesus”.

Assim, este relato caloroso e encantador em Gênesis 18, contado com detalhes tão amorosos, é um cumprimento da promessa de Deus de ter um relacionamento pessoal e íntimo com Abraão.

Aprendemos aqui que a amizade com Deus depende de fazer fielmente nossos deveres cristãos de oração, estudo bíblico, adoração, arrependimento, atos de fé e serviço àqueles que são necessitados e magoáveis, etc. Desta forma, colocamos Deus em primeiro lugar em nossas vidas, como Deus espera de seu povo da aliança (Gn 17:1).

Experiências da presença de Deus não podem ser programadas; elas devem vir até nós. No entanto, eles não virão até nós se deixarmos de ser fiéis e diligentes em nossos deveres cristãos básicos.

Se não tivermos tempo para o ministério e serviço cristão e para os “meios de graça” (estudo bíblico, oração, adoração), então não conheceremos ou cresceremos em nosso relacionamento com Deus. Ninguém pode criar ou aprofundar uma amizade sem se comprometer a passar um tempo juntos.

. O Fruto da Amizade: Intimidade e Oração (Gn 18:16-33)
Deus também fornece franqueza a Abraão quando Deus notavelmente começa a “pensar em voz alta” sobre Sodoma de uma maneira que convida Abraão “a entrar” nos pensamentos mais íntimos de Deus (Gn 18:20-21). Deus diz na forma de uma pergunta retórica: “Devo esconder de Abraão o que estou prestes a fazer?” (Gn 18:17). A resposta óbvia é: “Não. Não vou me esconder de Abraão. Somos amigos.” Da mesma forma, Jesus disse aos seus discípulos na Última Ceia: “Eu não vos chamo mais servos, porque um servo não conhece os negócios de seu senhor. Em vez disso, chamei-vos amigos, pois tudo o que aprendi com meu Pai vos dei a conhecer” (Jo 15:15).
A graciosa iniciativa de Deus realmente acolheu Abraão não como um “Homem Sim”, mas como um amigo de sondagem fiel e honesto. O resultado é um dos exemplos mais impressionantes de franqueza entre amigos, como visto na ousadia de Abraão em procurar dissuadir Deus de julgar Sodoma (Gn 18:22-33). Até Abraão está surpreso com sua própria franqueza e honestidade (Gn 18:31), pois a “ousadia”, “familiaridade” de Abraão e a conversa direta são a marca dos amigos.
(Gn 18:19 é explicado separadamente: Por que Deus escolheu Abraão? )
Que 7 coisas podemos aprender com Gn 18:16-33 sobre a oração de um amigo de Deus (também conhecida como oração de intercessão)?

  1. A oração de Abraão é iniciada por Deus.
  2. A oração de Abraão é persistente e específica.
  3. A oração de Abraão é ousada.
  4. A oração de Abraão é humilde.
  5. A oração de Abraão é teológica.
  6. A oração de Abraão é pela cidade.
  7. A oração de Abraão não é respondida de uma maneira de tudo ou nada.

CONCLUSÃO:

Somente Jesus cumpre a oração de Abraão: Abraão orou por pessoas (Sodoma) que poderiam tê-lo matado se vivessem, mas Jesus orou por pessoas que o matariam e o matariam (Lc 23,34).

Abraão arriscou sua vida para salvar a cidade má, mas Jesus deu sua vida para salvar as pessoas (Mc 10:45; Hb 7:25-26). Jesus é o único verdadeiramente justo cuja justiça nos salva (2 Cor 5:21).

Somente Jesus e o Evangelho nos permitem orar como Abraão: Ninguém pode orar melhor simplesmente se esforçando mais. Eles podem crer e se alegrar naquele para quem Abraão está apontando.

É impossível ser tão agressivo e humilde na oração quanto Abraão. Fora do evangelho, podemos nos sentir como “poeira e cinzas” e que não merecemos ir a Deus. Ou podemos sentir que somos bons o suficiente para ir a Deus, mas nunca teríamos a humildade e a paixão de Abraão por pessoas perdidas.

Somente se soubermos que em Cristo somos simultaneamente pecadores perdidos e, no entanto, legalmente justos e aceitos (simul justus et peccator), teremos a dinamite no coração que nos levará a orar como Abraão e cuidar de nossa cidade como ele fez.


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