domingo, 25 de abril de 2021

UM NOVO MANDAMENTO

 

UM NOVO MANDAMENTO

O texto sobre o qual queremos meditar nessa manhã,
Se encontra no
Evangelho segundo João, capítulo 13 versículos 34 à 35.

Diz assim:

  1. “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros.
    Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. 35. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.

ORAÇÃO:

Uma das partes mais significativas do nosso texto é sua localização.

Dentro do contexto literário da nossa passagem,
encontramos os seguintes eventos:

  1. Era véspera da crucificação de Jesus. (Quinta-feira santa)
  2. Nesse dia, Jesus celebra a ceia com os seus discípulos.
  3. Em seguida, Ele lava os pés dos Seus discípulos.
  4. Logo depois, Jesus prediz aquele que esta prestes a traí-lo (13.11) “Mergulha o pedaço de pão e da a Judas Iscariotes”

Após esses eventos, a Bíblia relata que satanás entra em Judas. Então ele sai para fazer seu trabalho sujo, e o narrador acrescenta o vs. 30
“e era noite”

Bom, de fato, escureceu em todos os sentidos. As coisas estavam prestes a ficar muito tensas.

Neste momento sombrio da história,

“Quando o Judas Iscariotes saiu, não vemos Jesus dizer:

“Esse Judas é muito mal e terríveis serão as conseqüências do seu pecado”. Não, Jesus não diz isso,

Ao contrário, Jesus se concentra em sua missão e prepara os seus discípulos para o que está por vir.

Então,
A partir desse momento, Jesus começa a falar da sua glorificação
e de glorificação do Pai (João 13:31-32)

———

E eu não posso passar por esse texto sem
configura-lo no contexto geral de João.

Nosso evangelista nos ensina que
a glória sempre foi inerente ao Filho, ou seja,

é algo que ele já tinha na presença de Deus
antes que o mundo fosse feito (17:5)
e que ele trouxe consigo ao mundo (1:14).

Mas, embora a glorificação fosse inerente a ele,
Ela não atingiria sua plenitude até que Jesus
tenha concluido a obra que seu Pai o enviou para fazer (7:39; 17:4)

Em todo o evangelho, a glorificação está ligada à morte,
ressurreição e ascensão de Jesus (17:1). É que somente assim,
Jesus poderia ser glorificado plenamente (12:23; 17:1).

Aqui, vemos que isso glorifica não apenas Jesus, mas também o Pai.
Pois, Deus é glorificado na morte de Jesus.
E a cruz, em vez de trazer vergonha, traz glória a Deus.

Assim, o Pai é glorificado, Porque este a quem
chamamos de Filho, e que se faz um só com Ele,
entrega livremente a sua vida aos que querem tirá-la.

Mas vale dizer que, em João,
essa glorificação do Pai e do Filho não pára com Cristo.

A capacidade de glorificar a Deus se estende aos seguidores de Cristo

(Lemos Jesus dizer em JO 15:8)” o Pai é glorificado pelo fato
de darmos muito fruto; e assim nos tornarmos discípulos de Jesus

(Lemos também em Jo 14.12-13 Jesus dizer que Aquele que nele crê fará também as obras que ele tem realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque ele esta indo para o Pai. 13. E ele fará o que vocês pedirem em seu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho.

Ou seja, O Pai é glorificado no filho,
E ao mesmo tempo é glorificado
também na comunidade de fé.
Porque nossas ações também mostram a glória de Deus.

Portanto, a traição de Judas, ao invés de acabar com Jesus,
faz com que a glória e o poder de Deus se
manifeste em Jesus, glorifique o Pai

Agora, todos verão que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas.
Jesus é Deus em pessoa que já existia mesmo antes da criação do mundo (Jo 1. 1).

———

Sabendo de tudo o que lhe acontecerá,
Jesus começa a proferir seu discurso de despedida.

Ele diz aos discípulos que ele não ficará muito
tempo com eles,
porque o plani para mata-lo já está consumado;

Então, a conversa continua com Pedro perguntando: “Senhor, aonde você vai?” e Jesus respondendo: “Para onde eu vou, você não pode me seguir agora, mas seguirá depois” (João 13:36).

Jesus sabia que Pedro,
um de seus discípulos mais próximos,
o negaria… Por isso o repreendeu (vs. 38)

No entanto, mesmo em tom de despedida,

Jesus não se concentra na culpa,
ou nos fracassos passados e futuros dos discípulos,
mas sim em prepará-los para o que está por vir,

prometendo que, embora ele não esteja mais
fisicamente presente com eles, eles não serão abandonados.

nos próximos capítulos,
João narra Jesus falando sobre o Parákletos,
(Aquele que defende e protege alguém; mentor; advogado; ajudador;) e este é aquele que os ensinará, aconselhará e consolará.

——————

Bom,
Agora, finalmente, chegamos ao nosso texto.

Jesus acabou de dizer em voz alta o que todos sentem:
“Meus filhinhos, já não estarei convosco por muito tempo”

Ele fala com um senso de ternura e misericórdia.

“ João 13: 34. “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. 35. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.

Este é o testamento de Jesus.

Mas se se é um “mandamento novo”. Onde está a novidade?

O lema de amar o próximo já estava presente na tradição
hebraica. (Lv. 19.17-18)

Também os filósofos gregos falavam de filantropia
e de amor a todos os seres humanos.

Pelo o que se vê,
A novidade desse mandamento está na forma própria
de amar de Jesus: Ele diz:
“Amem-se como eu vos amei”

Somente olhando para Cristo que podemos ver
o que significa amar uns aos outros como Cristo nos amou.

Este “novo mandamento” — “Amem-se como eu vos amei” —
está em paralelo com o que Jesus já disse aos seus discípulos e duas passagens:

A primeira em

“João 13: 13-15. Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. 14. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.”

O “e a segunda em João 15:12-14:

“12. O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. 13. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. 14. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno.”

Esses dois paralelos, somados ao nosso texto,
Nos ajudam a concretizar o significado de “como eu vos amei”.

Se por um lado, amar uns aos outros como Jesus amou
significa servir uns aos outros,
mesmo nas tarefas mais servis.

Por outro lado, esse amor engloba os atos corajosos
Que se estendem até o ponto de dar a sua vida por outro.

Jesus diz aos seus discípulos que é por esse tipo de amor que todos saberão que somos seus discípulos (João 13:35).

E Tudo o que Jesus nos pede é “amar como Ele nos ama”.

Não por obrigação,
Não por imposição
Não por decreto
Não por fingimento

Não com um amor falso
Que usamos para cumprir um antigo “mandamento” de amor,

Tudo isso está fadado ao fracasso.

Afinal,
Jesus não funda um clube cujos membros devem ajustar-se a uns estatutos, mas uma comunidade que experimenta Deus como amor e cada membro n’Ele se inspira, amando como Ele.

Amem-se como Cristo vos ama.

Amem-se descobrindo o Deus que é amor, e que vive dentro de nós.

Na verdade, o evangelho deste domingo está nos dizendo que, para o(a) seguidor(a) de Jesus, a primazia é a experiência de Deus.

Só depois de conhecermos intuitivamente o que Deus é em nós, poderemos descobrir os motivos do verdadeiro amor.

E consecutivamente,
Poderemos descobrir a essência de quem somos e do que fazemos.

E de que Deus sempre nos chamará para amar.

E se amarmos como Cristo,
esse amor será forte, duradouro e fiel; e por isso,
Conseguiremos nos amar como ele nos amou até o fim (13:1).

Por fim,

Você já deve ter ouvido falar de Tertuliano?
Bom, Tertuliano foi um cristão que viveu e ministrou nos primeiros anos do terceiro século d.C.

Ele está entre os grandes pais da igreja primitiva e foi, o primeiro homem a usar a palavra “Trindade” para descrever a natureza de Deus como Pai, Filho e Espírito Santo.

Tertuliano viveu e escreveu em um momento em que a oposição ao cristianismo e à Igreja estava se intensificando.

Embora Tertuliano fosse um apologista, ou seja,
alguém que se dedica a definir e defender a fé cristã contra seus críticos,

ele percebeu que
não era o argumento teológico ou filosófico particular que
persuadia os não-cristãos a conhecerem a verdade sobre Jesus.

Pelo contrário,

Era o amor,
aparentemente inexplicável,
que os cristãos tinham uns pelo outros que
Que cativava os não-cristãos.

Em uma declaração memorável por volta do ano 200 d.C,
Tertuliano menciona que os ateus falavam as seguintes palavras sobre os cristãos:

“Vejam como eles amam uns aos outros…
vejam como eles estão dispostos até mesmo a morrer uns pelos outros.”

Para Tertuliano, o amor é o principal fator para fazer as pessoas acreditarem em Jesus Cristo. No mundo e na igreja! O amor é o elemento mais importante do cristianismo.

? Será que, Quando olhamos para Tertuliano,
podemos dizer, honestamente, a mesma coisa hoje?

Será que o nosso amor mutuo
Está fazendo efeito no mundo não cristão de hoje,
como nos tempos de Tertuliano e nos tempos dos Apóstolos?

Se não está?
Porque fracassamos tão facilmente naquilo
que é a essência do Evangelho?

João Crisóstomo, que viveu cerca de 150 anos depois de Tertuliano,
reclamava dizendo: “Nada mais faz um ateu tropeçar, do que a falta de amor”.

Hoje em dia, poderíamos acrescentar algo a essa afirmação:

Nada mais faz um ateu e um cristão tropeçarem, do que a falta de amor”.

Sabe,
Quando o nosso amor mútuo não é demonstrado, então, todo a nossa defesa pelo evangelho se perde.

Que o amor de Deus, exposto e experimentado no evangelho, nos mova a amar uns aos outros, para o nosso bem corporativo, para a glória de Deus.

Oração:

Em que circunstância da vida você se revela como pessoa amável?

Jesus nos ajuda a amar!

Se por um lado, a promessa de Jesus em Mateus é mais conhecida – “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou lá no meio deles” (Mateus 18:20),

Por outro lado, em João, a promessa é feita de forma mais rica – “Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada. – João 14:23.

——x——-x

Muitas vezes, observamos que o Evangelho de João se concentra no amor mútuo apenas dentro da comunidade de discípulos e não fala de amor por aqueles que estão de fora, ou do “ame os seus inimigos”

É verdade que Jesus ordena que seus discípulos se amem.

No entanto, João também declara o amor de Deus pelo mundo (cf. João 3:16), que certamente inclui aqueles que estão fora da comunidade da fé.

Jesus demonstra a profundidade do amor de Deus por este mundo muitas vezes hostil em sua morte na cruz.

Aqui no capítulo 13, Jesus demonstra seu amor pelos mesmos discípulos que falharão miseravelmente com ele.

Jesus lava os pés e alimenta Judas que o trairá,

Pedro que o negará

Todos os outros discípulos deixarão de ficar ao seu lado na hora de sua maior angústia.

O amor que Jesus, certamente, demonstra que não se baseia no mérito de que o recebe,

Jesus ordena que seus discípulos amem os outros da mesma maneira.

Nós, discípulos de Jesus, temos ficado continuamente aquém do nosso amor uns pelos outros,

bem como do nosso amor por aqueles que estão fora da comunidade de fé.

Argumentos teológicos, éticos e filosóficos muitas vezes, nesta era, descem para ataques pessoais e xingamentos;

interesses pessoais muitas vezes superam o bem comum da comunidade;

aqueles que precisam de compaixão encontram julgamento.

Jesus não poderia ser mais claro:

Não é por nossa correção teológica, nem por nossa pureza moral,

nem por nosso impressionante conhecimento que todos saberão que somos seus discípulos.

É simplesmente por nossos atos amorosos

— atos de serviço e sacrifício,

atos que apontam para o amor de Deus pelo mundo dado a conhecer em Jesus Cristo.


sexta-feira, 23 de abril de 2021

Sobre a vulnerabilidade!

 

Sobre a vulnerabilidade!

DEVOCIONAL: escrito em 23 de abril de 2021

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações”.  (Salmo 139. 23)

Hoje quero falar sobre vulnerabilidade. Como você deve saber, a vulnerabilidade significa estar disposto(a) a expressar suas necessidades pessoais, admitir suas limitações, suas fraquezas e seus fracassos. Significa também que você não precisa ser especialista em todas as coisas, como se fosse o professor do Google. Ser vulnerável é possuir o desejo de em ter um coração ensinável. É exatamente isso que vemos Davi fazer nesse salmo.

Davi. O rei forte, competente e vencedor mas também muito piedoso e temente a Deus, admite com toda honestidade a sua vulnerabilidade: 

“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações.” (v.23)

Esse tipo de atitude deveria ser a prática constante da nossa vida de oração. Entretanto, na maioria das vezes, resistimos a exercer a vulnerabilidade. Não queremos que as pessoas saibam da nossas falhas porque nós temos medo de que elas não gostem de nós.

Do mesmo modo, agimos assim também para com Deus. Ficamos com medo de sermos rejeitados; de sermos ignorados; medo de sermos cancelados e medo de não termos resposta as nossas orações.

Mas em nossa vida real, não precisamos nos preocupar com isso. Porque Deus conhece todos os nossos erros, e mesmo assim, nos ama e nos aceita em Cristo Jesus conforme podemos ler em (Rm 5.8.)

Quando lemos por inteiro o salmo 139, vemos Davi se maravilhando com a maneira como Deus sabe tudo sobre ele. No final do salmo, ele abraça a oportunidade de ser vulnerável e ora a Deus pedindo que revele seu pecado: “Vê se há em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139.24).

Do outro lado de uma oração vulnerável, sempre haverá o Deus que nos ouve e que examina os nossos corações. Ele, apenas Ele, revelará onde precisamos fazer mudanças. 

Se nos achegarmos diante dele sem filtros, sem fingimentos, Deus não nos condenará, mas nos dará uma vida cheia de alegria (Jo 3.17; Jo 15.10-11). Quando paramos de sentir que temos que impressionar a Deus, podemos começar a ser mudados por Ele.

Deus te abençoe.

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Texto: Diego Gonçalves // Escrito para Igreja Dae Han | MEP 
#devocional #mep #daehan #igreja #viver #morrer #jesus #fé #pecado #salvação #palavra #bíblia #oração


domingo, 18 de abril de 2021

Enchendo o tanque outra vez!


Leitura bíblica de João 20. 19-23 

"Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês! ” 20. Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se quando viram o Senhor. 21. Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio”. 22. E com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo. 23. Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados”.

— João 20.19-23

ILUSTRAÇÃO:

Alguma vez na vida você já andou num carro com o tanque vazio? A verdade é que nem sempre ele ficou vazio. Tenho a absoluta certeza, de que qualquer carro, pelo menos uma vez na vida já se viu completamente abastecido. Mas pode acontecer imprevistos. E tudo bem!

Você tá seguindo viagem, e no meio dela surge aquele super engarrafamento, e o dia está bem quente, e você precisou ligar o ar condicionado no máximo pra se refrescar, depois disso, daí você percebe que a gasolina tá evaporando absurdamente. Você desliga o ar condicionado. E todo mundo no carro começa a suar.
Aí você sai do engarrafamento, mas poucos km a frente, você precisa pegar aquela serra extremamente íngreme, e enfrentar aquelas curvas super acentuadas pra todo lado, e todas essas coisas exigem ainda mais do pouco combustível que resta.

Então, você olha para o ponteiro e ele ta na reserva da reserva, da reserva!
Aí nessa hora a gente usa aquela expressão?
“Tá andando só com o cheirinho da gasolina”? Hahahah

E o pior de tudo, é que nessas horas mais complicadas da viagem,
Não aparece um posto sequer na estrada… então vai batendo o desespero… aí vc liga o radio pra se distrair e percebe que a musica que tá tocando é aquela musica do Juliano Son “andei, vaguei… por todo lado procurei…” Hahaha

Que sufoco, minha gente! Você continua indo, mas você nem sabe por quanto tempo aquele carro vai aguentar…

E uso essa metáfora bem bizarra, para ilustra que

Às vezes, nós também enfrentamos esse tipo de situação na jornada da nossa vida espiritual.

E quando a gente menos espera, a gente se vê “correndo só com o cheirinho do último combustível”.

DESENVOLVIMENTO

Quando nós olhamos atentamente para o nosso texto dessa manhã,
Percebemos a real condição dos discípulos do Jesus crucificado. 
Aqueles homens estavam “andando há exatamente 03 dias com seus tanques totalmente vazios”. Na semana passada, falamos um pouquinho sobre o desanimo daqueles dois viajantes no caminho de Emaus. Hoje, porém, vamos falar de um grupo maior e vamos entrar na casa de um deles. Não sabemos dizer com precisão onde ficava essa casa. William Barclay aponta que este lugar era um cenáculo, na região próxima ao Monte Sião, em Jerusalém.

O lugar vivenciado. 

Nos Evangelhos, o cenáculo se refere aquele local que foi providenciado para que Jesus celebrasse a Páscoa acompanhado de seus discípulos. Um cenáculo nada mais do que uma sala toda mobiliada, em que os participantes se reclinavam para cear conforme o estilo greco-romano. Pois bem, dentro desse cenáculo, alguns discípulos se encontravam reunidos de portas trancadas. O contexto nos diz que Maria Madalena, Pedro e o discípulo amado viram o túmulo vazio. O corpo de Jesus já não se encontrava mais ali. E eles ficaram perplexos e sem saber o que fazer! 

O texto diz que o Maria Madalena foi a primeira a chegar. Ainda de madrugada. Em seguida, o discípulo amado chega também, mas ficou tão sem reação que mal teve coragem de entrar no sepulcro. Então, quando o corajoso Pedro chegou, eles entraram juntos e constataram que o corpo de Jesus já não estava mais ali. Encontraram apenas as faixas de linho caídas no chão, e o lenço que estava sobre a cabeça de Jesus, dobrado e colocado sobre aquela pedra.

Entrementes, os dois discípulos ainda descrentes, voltam pra casa e Maria Madalena permanece ali, chorando na porta do sepulcro. De repente, surge um jardineiro. E ela lhe perguntou: o que você fez com o corpo dele? Nesta mesma hora, diz a Escritura, os olhos de Maria foram abertos. Não era mais um jardineiro que estava ali, mas o Senhor ressuscitado. De uma forma eufórica, Maria Madalena se agarra e Jesus e não larga ele por nada. Aí Jesus, dá uma bronca nela, que aportuguesando, soaria como: "calma muié!" Rsrs

Depois de conter os ânimos da mulher, Jesus envia Maria aos discípulos com a mensagem de que o que Ele lhes disse tantas vezes estava por acontecer: o Mestre estava vivo e pronto para ir ao seu Pai. Assim, Maria chega com a notícia: “Eu Vi o Senhor!”

William Barclay diz que nessa mensagem de Maria está contida a própria essência do cristianismo. Porque ser cristão não significa saber coisas sobre Jesus, significa conhecer a Jesus. Ser cristão não significa discutir e debater sobre Jesus, significa encontrá-lo e experimentar a certeza que Jesus vive.

Mas agora, as Escrituras dizem que quando a noite caiu, toda essa emoção vivenciada pelos discípulos de Jesus, na manhã daquela Páscoa, deu lugar a dúvida e ao medo. O texto apresenta os discípulos em uma reunião de portas trancadas. Eles se sentiam vulneráveis e inseguros. Eles estavam com medo. E eles tinham todos os motivos para ter medo. Eles viram o que aquelas autoridades do templo estavam dispostos a fazer para manter seu sistema corrupto. O medo deles era tão intenso que eles esqueceram o que Jesus lhes havia dito. Esqueceram dos ensinamentos do Mestre. Esqueceram daquela última bem-aventurança que Jesus pregou no Sermão do Monte.

Sabe, essa parte das Escrituras nos lembra que todas as palavras que um dia a gente ouviu sobre esperança, conforto e consolação podem ser facilmente sufocadas nos momentos que sentimos medo, perigo, angústia, dúvida e aflição. E todos esses sentimentos ruins que contribuem para aumentar a sensação de impotência, são liberados por alguns gatilhos.

Eles estavam fisicamente cansados. Eles viveram dias muito intensos que envolvia traição e suicídio do Judas, negação de Pedro, julgamento, cruz, morte e sepultamento de Jesus. Eles estavam emocionalmente abalados. Ainda ecoava em seus pensamentos a seguinte pergunta: "como puderam tratar de modo tão cruel Aquele que amava as pessoas com tanta compaixão?".

Eles estavam decepcionados com eles mesmos. Eles se sentiram culpados. Eles se sentiam isolados, sozinhos, indefesos, ansiosos e incertos sobre o que o futuro poderia trazer. Eles estavam em crise espiritual. Tudo o que eles esperavam, acreditavam, e confiavam havia evaporado. Naquela primeira noite da ressurreição, tudo o que os discípulos sentiam era confusão; se sentiam “com o tanque vazio” e quando alguém se sente assim, pode parecer que Deus está a um milhão de kms de distância. Quanto mais perguntas você faz, mais confuso você fica pois as respostas parecem não estar disponíveis. 

No entanto, a boa nova é que se aqueles a quem Jesus ama estão se sentindo vazios e desanimados, Jesus não espera que eles venham até Ele. Pelo contrário, é Jesus que vai até eles. Jesus sabe exatamente o que precisamos quando sentimos medo, dúvida, cansaço, depressão, desânimo e confusão.

Em primeiro lugar, ele nos dá a sua paz! Isso é a primeira coisa que ele diz quando aparece aos discípulos. Ele diz: “A paz esteja com vocês!" E não um: “pra trás de mim Satanás!” ou “homens de pouca fé.” Nada disso! Não vemos uma só crítica de Jesus – apenas “paz”! E quando Jesus dá a sua paz, ele não precisava dizer mais nada. Quando estamos cercados por uma nuvem de confusão, dúvidas, ansiedade, estresse, doença, cansaço Ele vem até nós e silenciosamente diz: “A paz esteja com você! Saiba que estou aqui. Você não está sozinho. Eu ouço suas orações". 

Em segundo lugar, Jesus nos ama. João escreveu: “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós”. (1 João 3:16). Quando você e eu estivermos deprimidos e desencorajados, podemos crer que Aquele que nos amou até a cruz, não vai deixar de nos amar agora. Ainda que tudo esteja dando errado, podemos crer que a paz e a alegria não vêm do que está acontecendo ao nosso redor, mas vêm do nosso relacionamento com Jesus e pelo seu grande amor por nós.

Em terceiro lugar, Jesus nos perdoa: Suas cicatrizes e palavras de paz provam isso. Então ele diz: “Se você perdoar os pecados de alguém, eles serão perdoados. Se você não os perdoar, eles não serão perdoados.” (Jo 20.23) Ele quer que perdoemos uns aos outros. Isso não é fácil, mas Jesus nos capacita a alcançar com perdão. Jesus nos ensinou e nos capacitou, seus discípulos, a liderar o caminho para mostrar graça e misericórdia aos outros.

Em quarto lugar, quando estamos desanimados, desencorajados e tristes, Jesus nos dá esperança. Atrás de portas trancadas, o medo e a dúvida deixaram os discípulos sem futuro. Tomé não estava lá quando Jesus apareceu para o resto dos discípulos e quando lhe foi dito sobre a aparência de Jesus, ele simplesmente disse o que honestamente pensava: “Eu não acreditarei a menos que eu veja as feridas em suas mãos, coloque meus dedos nelas e coloque minha mão na ferida do lado dele”. A fé de Tomé em Jesus era pequena – O luto e o desespero assumiram o controle. Confiança e esperança no futuro eram vagas e escassas. Mesmo que Jesus tenha convidado Tomé para colocar o dedo nas marcas das mãos e no lado, ele não precisava. Ele simplesmente se ajoelhou diante de Jesus dizendo: “Meu Senhor e meu Deus”. Tomé era um homem mudado. Ele foi repentinamente renovado, refrescado e energizado e cheio de esperança.

Aquele que ressuscitou nos enche de esperança. Quando estamos em crise e os problemas estão nos sobrecarregando, temos um Salvador que nos apoiará e nos ajudará. Quando nossas vidas estão ameaçadas por doenças ou inimigos, Jesus nos dará coragem. Se a morte se aproxima, nós não temeremos, porque Jesus triunfou sobre a morte.

Quando o Jesus ressuscitado caminha conosco em nossa jornada de vida, tudo é diferente! Podemos crer no amanhã! Podemos ter a esperança de um futuro brilhante, novas possibilidades e novos começos, mesmo quando a doença e a morte nos assustam.

Cristo ressuscitado em nossas vidas faz a diferença. Enquanto digo tudo isso, não quero banalizar a dor, a agonia ou frustração que alguém está passando neste exato momento. Para você, isso é real, é um desafio, é doloroso. Pode até parecer que Deus está muito longe de você em seus problemas. Isso é o que os discípulos pensaram enquanto se escondiam naquela casa. Mesmo que seja assim que você possa se sentir, Cristo ressuscitado está mais perto do que você pensa, e ele entende mais sobre sua vida do que você imagina. Ele está dizendo a você: “A paz esteja com você!”


sexta-feira, 16 de abril de 2021

Sobre esperar em Deus! (Salmos 13: 1)

 

Sobre esperar em Deus!

DEVOCIONAL: escrito em 16 de abril de 2021

Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Salmos 13: 1.

Esperar em Deus, nunca foi uma tarefa fácil. Principalmente, quando Deus fica em silêncio. Passam dias, semanas e até meses passam e as nossas orações parecem continuar sem resposta. Nessas situações, é tão fácil sentir que Deus se esqueceu de nós. E diante das nossas grandes preocupações, surgem tantos pensamentos ansiosos. Que vão se ampliando absurdamente, na medida em que Deus não nos responde. Nessa ocasião, o desânimo nos apresenta o seu irmão: E ele se chama ‘cansaço’. 

O cansaço se torna o nosso grande inimigo. Ele luta com a gente fazendo com que  pareça impossível enfrentar um novo dia. E ele fez exatamente isso com o Rei Davi. Nós lemos que o salmista se cansou enquanto esperava (v. 1). Ele se sentiu abandonado — como se seus inimigos estivessem ganhando vantagem (v.2). 

A verdade é que, quando estamos esperando que Deus resolva uma situação difícil ou 

que responda, de forma imediata, as nossas orações tão manjadas e repetidas, facilmente nos vemos como Davi: desencorajados. E quando nos sentimos assim, o diabo vem e sussurra em nossos ouvidos que Deus se esqueceu de nós e que as coisas nunca mudarão.

Dessa forma, somos tentados a ceder ao desespero. Afinal, por que eu deveria ir ao culto, se Deus não me responde? E por que se preocupar em ler a Bíblia ou orar se Deus não está comigo? 

A verdade é que, você deve ir ao culto, e ler a Bíblia, e orar, e fazer todas essas coisas porque serão essas coisas que te ajuda a se manter firme no fluxo do amor de Deus e a tornarem você sensível a voz do Espírito Santo. 

Esse era é remédio de Davi. Na suas maiores angústias, ele se concentrava em tudo aquilo que sabia sobre o amor de Deus. Ele se lembrava de como Deus o havia socorrido e o abençoado. Então, como resultado disto, lemos nosso salmista entregando um alto louvor ao Deus que nunca se esqueceu dele. 

Tal como Davi, você também pode confiar no Senhor. Mesmo que você esteja enfrentando a crise mais longa de sua vida. Mantenha-se confiando no Senhor, orando ao Senhor, falando com Ele e deixando a Sua Palavra falar a você também. Lembre-se do que Ele já fez na vida. Apoie-se e agarre-se em Suas promessas. 

Porque vale a muito a pena esperar em Deus, pois, o tempo de Deus é sempre o melhor tempo. 

E se eu posso te dizer uma ultima coisa, te digo para olhar para o salmo 13 com um olhar diferente. Coloca a ênfase não apenas no versículo 1 e 2, mas no versículo 3, 4, 5 e 6 também.

Então ao invés de perguntar: “Deus por quanto tempo eu devo esperar para que o Senhor  responda a minha oração?” (v.1-2). Olhe também para os versículos 3 e 4 deste mesmo salmo e fale como Davi: “Senhor, ilumina os meus olhos… Senhor, ilumina os meus olhos para que ele possa ter a força para suportar a oposição“. (v.3-4). 

Repare bem como, em seguida, Davi redireciona seu coração para confiar na misericórdia infalível, duradoura e graciosa de Deus. E agora, com uma nova perspectiva, cantar desse amor e dessa salvação e cantar ao Senhor com um alto louvor por todo bem que Ele tem feito. (v. 5-6).

Deus te abençoe.

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Texto: Diego Gonçalves // Escrito para Igreja Dae Han | MEP 
#devocional #mep #daehan #igreja #esperar #Deus #paciência #Jesus #fé #pecado #salvação #palavra #bíblia #oração


domingo, 11 de abril de 2021

Cuide das minhas ovelhas. (João 21.15-19)

 

Cuide das minhas ovelhas

João 21: 15. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, você me ama realmente mais do que estes? ” Disse ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Cuide dos meus cordeiros”. 16. Novamente Jesus disse: “Simão, filho de João, você realmente me ama? ” Ele respondeu: “Sim, Senhor tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Pastoreie as minhas ovelhas”. 17. Pela terceira vez, ele lhe disse: “Simão, filho de João, você me ama? ” Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez “Você me ama? ” e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas. 18. Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir”. 19. Jesus disse isso para indicar o tipo de morte com a qual Pedro iria glorificar a Deus. E então lhe disse: “Siga-me! ” – 

MENSAGEM:

Enquanto meditamos no texto dessa manhã,
Por favor,
Se coloque no lugar de Pedro e deixe Jesus perguntar a você:
“Você me ama?”

Bom,
Essa é uma pergunta crucial”! E ela foi feita por três vezes seguidas!

UMA RAZÃO PELA QUAL JESUS FEZ ESSAS PERGUNTAS A PEDRO É PORQUE QUERIA AJUDA-LO.

*Pedro estava carregando uma culpa terrível naqueles dias, porque havia falhado miseravelmente com o Senhor. Negou o Senhor por 3 vezes e não havia nada que podia fazer poder contornar isso.

*Porém, Jesus sabendo do peso enorme de culpa que Pedro estava carregando, o Senhor não o criticou, não o envergonhou e não o rejeitou. Em vez disso, Jesus fez a Pedro três perguntas simples, porém, muito profundas: “Você me ama, Pedro?”

*Eu acho que você deve saber que a língua grega original tem mais de uma tradução para a palavra “amor”.

Em nosso texto, nas duas primeiras vezes que Jesus faz a pergunta, ele diz: Pedro você me ama com o amor “ágape”?

Se você se lembra,
Ágape significa o amor incondicional, ou seja, o mesmo tipo de amor que Deus tem por nós.

*Então Pedro, se sentindo meio desconfortável com a pergunta de Jesus, responde: Sim, Senhor. Eu te amo com o amor Philéo.

Philéo significa amor fraternal. O amor filantrópico e caridoso.

Para ilustrar melhor, vamos tentar parafrasear as perguntas do Senhor e as respostas de Pedro nos vs. 15-17:

  1. “Simão, filho de João, você me ama “incondicionalmente” mais do que ama esses homens?” — Pedro responde: “Sim, Senhor, Você sabe que Eu Te amo como um “amigo e irmão.”
  2. Jesus perguntou-lhe novamente uma segunda vez: “Simão, filho de João, você Me ama com meu de amor “do tipo incondicional”? — Pedro responde pela segunda vez “Sim, Senhor, Você sabe que eu Te amo como um “amigo e irmão”.
  3. Jesus lhe disse pela terceira vez, agora diz: “Simão, filho de João, você Me ama como “um amigo e irmão?” Então Pedro fica triste, porque agora, Jesus pergunta: “Você Me ama (como um amigo e irmão)?” E Pedro responde: “Senhor, Tu sabes todas as coisas; Tu sabes que Eu Te amo como um amigo e irmão”.

*Pedro aprendeu a lição. E Deu a melhor resposta que podia dar: Ele diz:
Meu amor não é incondicional, mas “eu te amo Senhor, você sabe que eu te amo”.

*Quem de nós nunca se viu como Pedro?
Quem de nós nunca se viu Perturbado pela sua própria consciência?
Quem de nós achou amava a Deus, mas descobriu no meio do caminho
Que o nosso amor não passa de um amor imperfeito?
Passíveis de erros, de falhas, de falsas promessas?

“Se Pedro, sendo quem era,
foi atormentado pela culpa e pela crise de consciência
Que dirá nós?

Entretanto, A boa-nova é que
*Jesus nos ajuda a enfrentar nossas crises de consciência.
Jesus nos tira da perturbação e
Jesus nos ajuda a vencer todos os fantasmas do nosso passado de frustração.

POR ISSO É QUE ELE FEZ A ESSAS PERGUNTAS.
ELE QUERIA AJUDAR PEDRO. MAS JESUS TAMBÉM QUERIA OUVIR PEDRO.

*E o meio pelo qual Jesus usou para ajudar Pedro,
Fez com que Pedro abrisse a boca e exprimisse seu amor imperfeito pelo Senhor.

Quem sabe também Jesus use dos mesmos meios com você.

Parece loucura,
afinal, a Bíblia diz que antes das palavras chegarem a nossa boca, Deus já sabe tudo o que vamos dizer. E se Deus já sabe tudo o que vamos dizer? Então por que Ele fez basicamente a mesma pergunta, por três vezes, a Pedro?

Eu não tenho dúvidas que há uma conexão com as 3 negações de Pedro. Mas além disso, tenho certeza que mais do que isso, Jesus queria ouvir Pedro expressar seu amor. Porque aquilo que é sentido profundamente no coração do homem, precisa ser testificado livremente com os lábios.

*E Pedro testifica 3x: Tu sabes tudo! Eu te amo, Senhor.

Assim, nós também deveríamos testificar nessa manhã.

Contudo, o amor não pode ser movido apenas por palavras.

Lemos nos versículos 15-17 que Jesus também disse a Pedro, “Se você me ama, Simão? — Então cuida dos meus cordeiros. Apascenta as minhas ovelhas. Cuida minhas ovelhas.”

Perceba que o amor não se resume em palavras.

O amor é atitude, é ação, é toque, é cuidado,
O amor é troca, é convivio, é unidade e é pastoral. .

Assim como Jesus deu funções para Pedro, Jesus dá funções para nós também.
Ele diz: cuida dos meus ovelhas. Apascenta as minhas ovelhas. Cuida minhas ovelhas.

Qual rebanho Jesus te confiou?
Você tem cuidado dele?
Você tem o alimentado?
Você tem servido a ele?

Jesus te chama para servi-Lo servindo a outros.

O NT nos expõe essa verdade por diversas vezes.

:

  • Em 1 Coríntios 9:19, Paulo disse: “Porque, embora seja livre de todos, fiz-me servos de todos, para ganhar o maior número possível de pessoas. – Bíblia

*Em 2 Coríntios 4:5, Paulo disse: “Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como servos de vocês, por amor de Jesus. – Bíblia”

*Então, em Gálatas 5:13, Paulo diz aos cristãos: ” Gálatas 5: 13. Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.

*Salmo 100:2 nos diz para “SERVIR AO SENHOR COM ALEGRIA!”

*Em Lucas 22:24-27, poucas horas antes de Jesus morrer na cruz por nós, lemos que os discípulos estavam discutindo qual deles seria o maior no Reino de Deus. Naquela noite, Jesus lhes disse:

Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. 26. Mas, vocês não serão assim. Pelo contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa como o que serve. 27. Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve.

*Pense nisso: Se até os 12 precisaram de ajustes de caráter, então certamente também precisaremos. Deus nos ordena a servir como Ele serviu: com amor, bondade e humildade.

Por fim,

*Continue confiando no Senhor, mesmo quando as coisas não estão indo como você gostaria que estivessem indo.

As coisas tomaram um rumo inesperado quando Jesus falou com Pedro em vs. 18-19. Lá Jesus disse a Pedro:

João 21: 18. Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir”. 19. Jesus disse isso para indicar o tipo de morte com a qual Pedro iria glorificar a Deus. E então lhe disse: “Siga-me! ” – Bíblia

*Observe que Jesus não disse: “Pedro, eu sei que você me ama, e você vai fazer grandes coisas por mim.

*Jesus também não disse: “Pedro, você vai glorificar a Deus pregando no Dia de Pentecostes. E Três mil pessoas serão salvas!” Jesus não disse: “Pedro, você vai glorificar a Deus fazendo milagres em meu nome, e levando os primeiros gentios à fé

*Agora, Jesus sabia que todas essas grandes coisas aconteceriam. E certamente eles trouxeram glória a Deus. Mas Jesus se concentrou no sofrimento de Pedro. Jesus disse: “Pedro, você vai glorificar a Deus fazendo algo que não quer fazer: Sofra em uma cruz por Mim”.

*Vivendo aqui em SP, muitos de nós estamos acostumados a conseguir o que queremos. Mas Deus nem sempre nos dará o que queremos, e há algumas razões importantes para isso. Uma razão pela qual é porque nem sempre queremos a coisa certa. Além disso, não somos o centro do universo. Coisas maiores estão acontecendo do que o que queremos.

*Além disso, como alguém uma vez disse, “Deus está mais preocupado com nosso caráter do que com nosso conforto. Seu objetivo não é nos mimar fisicamente, mas nos aperfeiçoar espiritualmente.” (5)

*O melhor que podemos fazer é ouvir Jesus dizer: “Siga-me”, depois confiar nEle o suficiente para entregar nossos desejos a Deus.

*Foi o que Pedro fez. Ele confiou em Jesus o suficiente para entregar seus desejos ao Senhor. Em 2 Pedro 1:14, o Apóstolo disse que sabia “que em breve devo largar a minha tenda, assim como nosso Senhor Jesus Cristo me mostrou”.
*Nessa mesma passagem, Pedro nos exortou a crescer em bondade, piedade e amor. E em sua primeira carta, Pedro nos desafia a sofrer tratamento errado pacientemente. Como ele disse em 1 Pedro 2:21-24:

  1. Para isso fostes chamados, porque também Cristo padeceu por nós, deixando-nos um exemplo, para que seguisseis os Seus passos:
  2. que não cometeu pecado, nem foi encontrado em Sua boca;
  3. O qual, quando foi insultado, não insultou em troca; quando sofreu, não ameaçou. — Mas se comprometeu com Aquele que julga com justiça;
  4. O qual levou os nossos pecados em Seu próprio corpo sobre o madeiro, para que nós, tendo morrido para os pecados, vivamos para a justiça por cujas pisaduras fostes curados.

*Todos nós precisamos confiar em Jesus Cristo o suficiente para entregar nossos desejos a Deus, e acima de tudo, porque foi isso que o Senhor fez por nós.
*Você sabe, enquanto Pedro caminhava naquele dia com Jesus, ele deve ter olhado para as mãos do Senhor. Você não teria feito isso? Pedro deve ter visto as cicatrizes da cruz. E vendo essas cicatrizes, ele deve ter pensado: “Nada que eu pudesse fazer poderia retribuir tudo o que Ele fez por mim. Eu deveria amá-Lo. Eu vou amá-Lo. Eu O amo.”

CONCLUSÃO:
*Jesus perguntou a Pedro, e o Senhor está nos perguntando esta noite: “Você me ama?”
*Se você fizer isso, então confesse seu amor pelo Senhor, comprometa-se a trabalhar para o Senhor e continue a confiar no Senhor, mesmo quando Ele o guia pelos lugares difíceis da vida.

*É sempre um bom momento para expressar nosso amor ao Senhor, então por que você não faz isso agora enquanto nos curvamos para a oração silenciosa? E se você nunca recebeu Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, coloque sua confiança no Senhor e peça a Ele para salvá-lo agora.


sexta-feira, 9 de abril de 2021

Encorajamento para aqueles que estão espiritualmente desanimados.

 

Encorajamento para aqueles que estão espiritualmente desanimados.

Devocional: escrito em 09/04/2021

Nós esperávamos que era Ele que ia trazer a redenção de Israel. E hoje é o terceiro dia desde que isso tudo aconteceu. (Lucas 24.21)

Mais uma vez estamos aqui, nesse encontro de pessoas que oram e que amam a Deus! E hoje, nós vamos falar mais uma vez sobre o encontro de Jesus com dois discípulos que viajavam pelo caminho de Emaús.

Tenho lido esse texto durante a Semana Santa de 2021. Mas toda vez que eu olho com atenção para essa parte das Escrituras, vejo a nossa própria condição. Quem aqui dentre nós, alguma vez na vida, já se viu caminhando e falando como esses dois discípulos?

Se você não conhece a história, sugiro que ouça a pregação do domingo passado. Mas eu posso resumir que esses dois homens estavam muito equivocados em relação a história da salvação contada pelo nosso Deus por toda Bíblia. 

Eu posso dizer também que esses dois discípulos de Jesus estavam assim, porque sentiram um grande desanimo espiritual. E pode ser que algumas pessoas que estão ouvindo esse devocional possam estar espiritualmente desanimadas também!

Sabe, esse tipo de desânimo, não vem de Deus ou de qualquer outra pessoa. Vem de dentro de nós mesmos. Surge por causa de nossas expectativas erradas. Cresce por causa das motivações equivocadas. E é aflorado por outro pecado que se chama luxúria, que significa desejo exagerado pelas coisas desse mundo.

Essa luxúria se manifesta quando nós a satisfazemos e, também, até quando nós não a satisfazemos. Na mesma seção que se encontra o nosso texto, lemos os discípulos dizendo:

“Hoje é “o terceiro dia” e Deus ainda não fez o que eu esperava!” (v.21, paráfraseado)

Veja só como o desânimo fecha os nossos olhos e nos afasta da verdade. Jesus estava caminhando lado a lado com eles, mas o desânimo lhes impediram de ver. Entretanto, de uma forma muito graciosa, lemos também que enquanto Jesus encoraja os seus discípulos e evangeliza-os novamente com as Escrituras, no mesmo instante, o desânimo deles é vencido.

Agora, na comunhão e no partir do pão, os olhos deles se abriram e eles recuperaram a visão de um Deus que anda lado a lado com o seu povo. E essa é uma das revelações mais bonitas que encontramos nessa passagem. Deus vem até nós nas coisas cotidianas da nossa vida: enquanto caminhamos e enquanto compartilhamos o pão.

Talvez a sua vida de oração esteja enfrentando o desânimo. De repente, as condições da sua vida pela sua “estrada de Emaús” seja tão parecida quanto aquela condição vivenciada pelos discípulos. Saiba, porém, que neste mesmo caminho você não está sozinho. Jesus não está morto. Ele ressuscitou! Ele anda com você e nesse caminho. Ministra ao seu coração e te enche de vida, de esperança e de alegria.

Sempre que você orar, lembre-se disso. Você não esta sozinho. Jesus está com você. Peça para Ele evangelizar e discipular sua vida todos os dias através das Santas Escrituras. Depois disso, busque as coisas que são lá do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. E assim, peça ao amigo Espírito Santo para encher a sua vida com a plenitude da presença de Deus. Então, não haverá mais lugar para o desânimo, nem para a fraqueza e nem para as dúvidas.

Por fim, 

Assim como eu desconfio que alguns de vocês não lerão esse curto artigo ou ouvirão esse curto podcast, algumas vezes eu também desconfiei que Deus também não ouvia as minhas orações. E eu tive esse sentimento por incontáveis vezes em minha vida. E por pensar que Deus não me ouvia, logo, eu tinha inúmeras razões para deixar de orar. Por outro lado, olhando profundamente para as orações que eu fiz, me pergunto: se Deus tivesse me dado todas as coisas que eu pedi, acho que algumas delas teriam se tornado um grande problema em minha vida. 

Um dia, porém, lendo um livro de AW Pink (Um guia para oração fervorosa) eu descobri a resposta para esse grande dilema.  Ele disse: “Orar com fé não é acreditar na crença de que Deus nos dará tudo aquilo que pedimos, mas é acreditar que Ele nos concederá o que for mais sábio e melhor para nossa vida.”  É isso! Deus sabe o que melhor pra você. Por isso, acalme o seu coração. Confie no Deus que ouve a sua oração, por mais imperfeita que ela seja.

Deus te abençoe, 

Amém!

— — — — — — — — — — 
Texto: Diego Gonçalves // Escrito para Igreja Dae Han | MEP 
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Referências: AW PINK, Um guia para a oração fervorosa.


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